CMAA realizou curso gratuito para capacitar artesãs em Canápolis

A professora Tânia Caruzo ensinou mulheres a criarem embalagens peças decorativas e utilitárias no município de Canápolis

Composta por uma população estimada de 12.251 pessoas, Canápolis (MG) tem a usina de cana-de-açúcar como principal motor da economia. Com o intuito de gerar uma fonte de renda complementar para as mulheres da região e colaborar com o meio ambiente, o município sediou a primeira edição do curso “Mãos que transformam” para a formação de artesãs que para a utilização do bagaço da cana-de-açúcar como matéria-prima.

O Programa é promovido pela Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) e conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Canápolis, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Educação e Cultura do município.  O “Mãos que Transformam” deverá ser expandindo dentro do município, capacitando professores da rede pública para que o curso possa ser levado para escolas. O Gerente de Sustentabilidade da Companhia, Geraldo Magela, explicou que o curso surgiu a partir da reflexão sobre Economia Circular. 

“Buscamos alternativas de modelo de negócio que conciliem o desenvolvimento econômico e social, a partir da menor dependência da matéria-prima virgem, priorizando os recursos recicláveis e renováveis. Neste caso, de um lado nós temos uma realidade, nas comunidades onde atuamos, pessoas que precisam de oportunidade de trabalho e geração de renda. Do outro lado, temos subprodutos renováveis e recicláveis a disposição que podem servir de matéria-prima a ser transformada em produtos com valor agregado e promover a geração de renda”, informa Geraldo Magela.

A primeira edição do programa “Mãos que transformam” foi ministrada pela professora e artesã Tânia Caruzo, especialista em bagaço de cana e outros materiais biodegradáveis. Inicialmente, as alunas aprenderam a fazer embalagens descartáveis, peças decorativas e utilitárias. As inscritas ainda receberam, após o curso, uma mentoria de três meses junto à professora, sobre como vender, expor, encontrar o nicho de clientes e posicionar o mix de produtos.  

A história de vida da professora Tânia Caruzo anda em conjunto com a história das usinas. “Sou ex-cortadora de cana-de-açúcar e na necessidade de encontrar uma saída para falta de trabalho, após a mecanização do serviço, resolvi utilizar o bagaço para fazer artesanato. Com a campanha mundial lixo zero eu virei a cereja do bolo. Hoje, ministro o curso em todo território nacional e tenho uma plataforma hotmart atendendo 5 países”, explica Tânia.